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Romero Britto e o ódio por parte da classe artística

Em que se baseiam os críticos do pintor que tem um patrimônio estimado em 20 milhões?

Por Equipe Editorial - julho 28, 2020
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Romero Britto nasceu em Pernambuco e hoje vive em Miami onde tem sua própria galeria. Ele possui uma série de retratos de artistas famosos, tanto nacionais como internacionais, sendo eles Madonna, Michael Jackson, a ex presidente Dilma, o youtuber Whindersson Nunes e muitos outros.

Sobre a onda de hatters brasileiros o pintor afirma: “Toda vez que falam mal de mim e do meu trabalho, eu vendo mais.” O ódio, portanto, pode ser benéfico ao artista.

Whindersson Nunes e Romero Britto em frente à obra que fez para o youtuber
Whindersson Nunes e Romero Britto em frente à obra que ele fez para o youtuber

Ele é identificado como representante da Pop Arte, porém é possível notar uma vaga influência do cubismo e do fauvismo em suas obras devido ao abuso de formas geométricas e cores vivas.

É válido pensar se tais críticas, tão ferrenhas, são bem sustentadas. O fato dele ser um bom vendedor de sua arte não o torna um mal artista. Andy Warhol também utilizou o método de pintar pessoas famosas para ganhar visibilidade e nem por isso recebeu esta enxurrada de comentários negativos.

“Enquanto as pessoas me criticam, estou criando minha arte”

Romero Britto

1 – Superficialidade

A Pop Arte tem a superficialidade e o consumismo como marcas fundamentais, sendo assim devemos respeitar o caráter comercial de suas obras. É compreensível que isso tenha sido mal recebido pela comunidade artística, que busca apenas o conteúdo conceitual, profundo, e despreza aquilo que é corriqueiro. Tudo isso nos leva a refletir: O sucesso financeiro é sinônimo de sucesso na arte?

Flowers
Flowers

2 – Monotonia

Romero tem muitos “hatters” que se baseiam em sua falta de criatividade. Com uma técnica própria, o artista raramente faz trabalhos fora de seu estilo, que se mantém depois de muitos anos apesar das críticas. Não bastasse isso, os temas também são quase sempre os mesmos: coisas fofas como gatinhos, corações e casais.

Certamente manter o padrão de seu produto é uma técnica de mercado que proporciona resultados e deve motivar este congelamento de sua maneira de pintar. O sucesso repetitivo das obras dele marcam todo tipo de produto o que acabou cansando as pessoas.

Produtos com a marca do pintor
Produtos com a marca do pintor

3 – Sobrevalorização

O valor de suas obras também é alvo de críticas. Um quadro de alguém que só pinta a mesma coisa condiz com seu preço elevado? Porém, esse argumento ignora o fato do mercado de arte ser, em boa parte, acessível para pessoas mais ricas. “Não sou o único artista que as pessoas criticam por ser bem-sucedido”, afirma Britto.

The Hug
The Hug

4 – Fanarts são confundidas com os originais

A simplicidade exagerada nos leva à dificuldade de diferenciar o que são trabalhos originais e quais são produzidos por fãs. Por exemplo, o quadro abaixo não é do artista, mas foi encontrado numa busca básica no Google.

Releitura de Jair Tedesco
Releitura de Jair Tedesco

5 – Comparação com Picasso

Quando fazemos comparações entre artistas quase sempre podemos ser levados a pequenos erros. Quem comparou Britto a Picasso provavelmente foi expulso de seu curso de artes visuais e da sua roda de amigos intelectuais. Seu site fez esta comparação, algo que levantou muita discussão.


E para você?

A crítica tem razão ao afirmar que Romero Britto possui obras simplistas que servem apenas como um produto de mercado? Isso corrompe mesmo o conteúdo de uma obra?


Fontes:

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August
August
4 anos atrás

Não é uma verdade absoluta que Andy Warhol não foi duramente criticado. Ela era tido como um “moron” por parte significativa da crítica de arte da épica, visto como um ser vazio. A persona ANDY WARHOL é precisamente esse deboche, essa provocação. Como não lembrar da entrevista que ele deu em que só respondi “yea, I guess, yea”, como se não tivesse absolutamente nada a dizer? Warhol era um gênio porque suas indagações e potência artísticas eram em originais à época. Britto, no entanto, usa da linguagem pop sem qualquer viés crítico. É raso, sabe disso e vende contente seus… Leia mais

agatangelo oliveira
agatangelo oliveira
4 anos atrás

Gostaria de saber se essa crítica é só entre o público brasileiro ou ela é da comunidade artística internacional.
Será q nós não estamos nos revelando,novamente,como um complexo de vira latas no mundo?

Daniel Emiliano de Moura
Daniel Emiliano de Moura
4 anos atrás

Romero não é um artista, ele é um DESIGNER.
E não tem problema nenhum em ser designer. em mesmo, sou um…rs
O problema é ele se julgar um artista, se apresentar como um artista e fazer os leigos acreditarem que ele é um artista.
Tudo isso, unido a sua falta de humildade, arrogancia e incapacidade de sair do seu mundinho, é que geram todas as criticas por parte de quem realmente entende de arte.

John Suffolk Bonski
John Suffolk Bonski
4 anos atrás

E daí que a arte dele é “rasa, sem profundidade”? Música também é arte, para ser boa precisa ter “profundidade ou embasamento filosófico”? Basta agradar aos ouvidos de quem ouve (e normalmente não agradará à todos). Quanta hipocrisia nestes comentários. Tem alguma agenda oculta por trás de tudo isso. Eu não estou nem aí pra Romero Britto, acho enjoativo, mas se gostasse, CAGUEI pra profundidade. Quando é bom e agrada, dane-se o resto! Bando de imbecis. A classe artística brasileira mostra que tem menos profundidade que gatinhos coloridos.

Karina
Karina
4 anos atrás

A arte serve a um propósito de reflexão, sendo uma manifestação do intelecto humano (independente do nível), as pessoas podem até não gostar, mas isso não significa que não é arte. As pessoas podem simplesmente olhar e dizer “que fofo” ou simplesmente falar “credo, tem muita cor”, mas os fatos delas gostarem ou não gostarem não descaracteriza isso como arte, pois algo você irá sentir ou refletir ao olhar para ela. Eu sinceramente não pagaria por algo que eu mesmo consigo fazer e o ódio que a classe artística tem dele para mim é dor de cotovelo. Ele ganha rios… Leia mais

IGOR BACELAR
IGOR BACELAR
2 anos atrás

AS PORTAS DA GALERIA DELE ESTA ABERTA, ENTRA QUEM QUER E COMPRA QUEM QUER, A CRÍTICA FAZ PARTE.

Paulo Antonio dos Santos
Paulo Antonio dos Santos
2 anos atrás

Parece que estamos voltando no tempo de Van Gogh discutindo o que é arte! Se umas manchas pode ser considerada arte, por que um trabalho misturando figurativo estilizado com formas geométricas, um trabalho bem decorativo que uns podem considerar apenas um trabalho comercial de um designer outros verem um grande artista, não pode ser considerado arte? E a arte contemporânea, sucesso de crítica tanto negativa tanto positiva com pessoas falando, há, isso eu também consigo fazer! Depois de 20 anos resolvi pintar no estilo dele, estou adorando! Para mim tudo é arte: abstrato, cubismo, fauvismo, realismo, etc. Bom, quase tudo,… Leia mais