Janduari Simões: o fotógrafo da cultura popular brasileira
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Nascido em Itabuna-Ba, (07/09/1949), Janduari Simões começou a fotografar em 1975 no Museu Paraense Emílio Goeldi, ficando lá até 1978. Durante esse período, além do trabalho científico e documental, fotografou o Projeto Pixinguinha durante dois anos, sendo convidado a expor esse trabalho na FUNARTE no Rio de Janeiro.
Em 1980 foi estudar no Istituto Europeo di Design em Roma-Itália. Na volta, fixou residência em Salvador-BA e começou a trabalhar para a imprensa local: primeiro no jornal A Tarde; depois, no Jornal da Bahia. Tornou-se freelancer após esse período e passou a atender a revista Veja Bahia.
Ao retornar a Belém em 1989, desenvolveu trabalhos de documentação com o livro “Iconografia da Pesca Ribeirinha e Marítima na Amazônia”; e, paralelamente, retomou o registro da Feira do Ver-O-Peso e seus mercados, no ano de 2000. Até 2002, em parceria com o jornalista Klester Cavalcanti, Janduari Simões voltou a fotografar para Veja com reportagens sobre a região amazônica. Após esse período, passou a contribuir com diversas revistas tanto brasileiras (Caminhos da Terra, Época, Você S.A, Nossa História, PZZ) quanto estrangeiras (Altair, Espanha; Travessia e Cidades, Portugal). Contribuiu também com o catálogo da exposição Unknown Amazonia do British Museum, Inglaterra.
Em 2019, voltou a participar do Prêmio Diário de Fotografia Contemporânea a convite da curadoria do Prêmio numa coletiva com artistas de outras edições no Museu da Universidade Federal do Pará (MUFPa).
Conversa com o ArteRef
Em resposta ao “que tem feito ultimamente?” Janduari nos respondeu: “Desacelerando, fazendo macro fotos no meu quintal, natureza. Além disso, fazendo a curadoria de um trabalho de dez anos sobre a Marujada Bragantina, que acontece no interior do Pará na cidade de Bragança. Essa curadoria é feita com um amigo, curador, da cidade. A ideia é a produção de um livro e uma expo, possivelmente intinerante”.
Obras em Destaque

Crédito: Janduari Simões
“Sempre gostei dessas manifestações populares desde quando morava na Bahia mas, naveguei por outras ondas, principalmente fotojornalismo. Queria um tema para desenvolver um trabalho visual e encontrei a Marujada. Fiz também durante cinco anos um trabalho sobre Tambor de Mina, manifestação afro-religiosa que incorpora elementos do candomblé e caboclos e seres da floresta. Inclusive, fiz algumas publicações desse material ilustrando a matéria em jornais da Espanha e México”, completa o fotógrafo.

Crédito: Janduari Simões
Veja mais sobre o trabalho de Janduari Simões
- https://janduarisimoes.wixsite.com/janduari-simoes-
- Janduari está no livro Panorama da Fotografia Contemporânea Paraense 80/90.

Crédito: Janduari Simões
Atividades profissionais
- Fotógrafo e laboratorista do mpeg 1975/1978;
- fotógrafo no jornal “a tarde”, Salvador-BA 1982/1985;
- fotógrafo no jornal da Bahia, Salvador-BA 1987;
- freelancer para o jornal “amicizia-stuenti esteri” revista ucsei/4, Roma-Itália, 1981;
- freelancer para Editora Abril (Veja, Exame, Superinteressante, Nova Escola, Veja Bahia);
- freelancer da Editora Bloch (manchete, amiga, pais&filhos, ele&ela);
- freelancer para Revistas: Visão, Afinal, Jornal “ O Globo”;
- fotógrafo parceiro da Folha-Press – São Paulo.

Crédito: Janduari Simões
Ilustrações
- Cartaz promocional e capa do disco “Nativo”, de Paulo André Barata, Belém/Pará, 1978;
- cartaz do show “Artistas” de Marisa Gata Mansa, Funarte-RJ, 1978;
- capa do disco do cantor Gerônimo, Salvador-BA, 1987 – 88
- cartaz promocional do show de João Gilberto, Salvador-BA, 1988;
- reprodução fac-similar do livro “A monograph of the rhamphastidae or family of toucans”, de john gould, 1854, reeditado pelo mpeg, patrocinado pela Jari, CIA Florestal Monte Dourado, Belém-PA, 1992;
- reprodução fac-similar do livro “plantarum brasiliae, icones et descriptiones” de joanne emanuelle pohl, 1827, reeditado pelo mpeg, patrocinado pela jari, cia florestal monte dourado, belém/pará, 1993;
- capa do livro Plantas medicinais na amazonia de Maria Elisabeth Van Den Berg, coleção adolpho ducke, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém-PA, 1993;
- capa do disco “Não peguei o ita” de Nilson Chaves, Belém-PA, 1994;
- capa do livro Frutas Comestivéis da Amazônia de Paulo B. Cavalcanti, coleção adolpho ducke, cnpq/Museu Paraense EmÍlio Goeldi, Belém-PA, 1996;
- catálogo de Obras Sobre Papel do Museu de Arte de Belém, Belém-PA, 1997;
- catálogo do acervo do Museu de Arte de Belém, “Tempo passado, Tempo presente”, Belém-PA, 1997;
- catálogo da coletiva anual da associação dos artistas plásticos do Pará, “Antes e depois da chuva”, Museu de Arte de Belém, Belém-PA, 1998;
- catálogo do acervo do Museu de Arte de Belém, “Ver o Peso – o que se narra, o que se vê”, Belém-PA, 1998;
- ilustrações fotográficas na publicação Arte da Terra-Resgate da Cultura Material e Iconografica do Pará, publicado por Museu Paraense Emílio Goeldi/sebrae, Belém-PA, 1999;
- ilustrações fotográficas do catalogo da III Rodada Brasileira de Artesanato, sebrae, Belém-PA, 2000;
- ilustrações fotográficas no Guia philips, Amazônia/Brasil, publicado por Horizonte Geográfico, São Paulo, 10/2001;
- ilustração de capa, miolo e artigo científico do catálogo da exposição Unknown Amazon, editado por Colin MCewan, Cristiana Barreto e Eduardo Neves, publicado por the British Museum Press/British Museum Company Ltd, Londres-Inglaterra, 2001;
- iconografia da Pesca Ribeirinha e Marítima na Amazônia, livro de fotografias com texto da drª. Lourdes Furtado, editado pelo Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém-PA, 2002;
- ilustração de capa e miolo do livro “Direto da selva, as aventuras de um reporter na amazonia” de Klester cavalcanti, editora geração editorial 2002;
- ilustração de capa e miolo do livro “Viúvas da terra, morte e impunidade nos rincões do Brasil” de Klester Cavalcanti, ganhador do prêmio jabuti – categoria reportagem, 2004;
- catálogo Fauna e flora do Parque Zoobotanico Getúlio Vargas, secretaria do meio ambiente da Bahia, 2008;
- livro Parques da Bahia, patrimônio natural da Bahia, secretaria do meio ambiente da Bahia, 2009.