A arte abstrata é a arte que não procura elaborar uma representação visual precisa da realidade. Ela possui um distanciamento de qualquer ponto de referência objetivo.
Dentre todos os seus tipos, existe um ponto em comum: a realidade é subjetiva e cabe ao expectador defini-la.
Wassily Kandinsky é frequentemente tido como pioneiro desse estilo pelos historiadores da arte. Ele já desenvolvia pinturas não representacionais em 1912.
O movimento teve suas bases desenvolvidas no século XIX, momento em que se tomava força à negação da imitação e idealização classicista. Tinha-se a ênfase no papel da imaginação e do inconsciente como os fatores criativos essenciais.
Todos os principais movimentos das duas primeiras décadas do século XX, incluindo o fauvismo, o expressionismo, o cubismo e o futurismo, de alguma forma, enfatizaram a lacuna entre a arte e as aparências naturais.
Temos dois períodos-chave para o desenvolvimento da arte abstrata: o primeiro entre 1912 e 1925; e o segundo entre 1947 e 1970. O que há de comum entre eles? A Grande Depressão de 29 e os horrores da Primeira e Segunda Guerra Mundial.
Nesses períodos, os artistas achavam muito difícil representar “realisticamente” todos os sofrimentos que os humanos experimentaram durante as guerras e a crise econômica.
Por causa disso, eles tinham a sensação de que deveriam descobrir uma gama diversificada de novas vozes que comunicassem emoções, memórias e perspectivas.
Recebeu forte influência do cubismo e do futurismo devido ao uso de suas formas na representação dos objetos. Aqui, linhas e cores são organizadas de forma a resultar em uma composição majoritariamente geométrica.
Piet Mondrian é um dos principais nomes dessa vertente.
Aqui, as cores e formas são usadas para representar um universo particular e único de emoções, sentimentos e ou sensações; fruto de uma “necessidade interior”.
Jackson Pollock é o grande nome dessa vertente.
A arte abstrata atingiu seu auge nas décadas de 1950 a 1970.
Nova Iorque foi o polo principal de uma importante geração de artistas Expressionistas Abstratos, tais como Willem de Kooning, Jackson Pollock, Arshile Gorky, Lee Krasner, Mark Rothko e Franz Kline.
A arte abstrata se desdobra em diversos outros movimentos: neo-dadaísmo, happening, arte conceitual, neo-expressionismo, instalação, performance, arte pop – todas essas artes apresentam características da abstração.
“A abstração permite que o homem veja com sua mente o que ele não pode ver fisicamente com seus olhos.” ― Arshile Gorky
“Gosto de brincar e reorganizar cores, linhas e formas para criar as imagens que quero ver. Quero que meu trabalho seja surpreendente, lúdico e provocativo. Algumas de minhas pinturas são portas, outras janelas. Todos são portais. Eu continuo a usar esses símbolos porque eles são uma linguagem alegre e misteriosa que é, de alguma forma, profundamente pessoal e universal. ” —Aria Arch
“Quero expressar um certo sentimento e emoção criando um ambiente inteiro para o espectador entrar ou observar de longe. Utilizo os materiais de forma direta e simples, não os transformando ou alterando muito de seu estado natural. Por quê? Prefiro manter minhas obras mais amplas e não objetivas para permitir que o espectador traga suas próprias interpretações extraídas de suas próprias experiências. ” —Chris Nelson
“A abstração, como a poesia, não dita uma narrativa clara, mas oferece, silenciosamente, um fragmento, um pedaço de uma narrativa misteriosamente familiar. O uso proeminente da abstração me permitiu destilar e comunicar melhor minhas emoções e ideias sobre a vida, a natureza e nosso respectivo lugar nela. ” – Nicholas Wilton
Muitos artistas se destacaram na produção artística abstrata, especialmente na pintura, nas esculturas e nas artes plásticas.
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