Body art (arte do corpo) é um método de performance em que utiliza-se o próprio corpo nas práticas artísticas. Inserida no campo da arte contemporânea, a Body art é datada do final dos anos 1960, e sua discussão sobre o conceito de arte tem raízes no Dadaísmo.
A arte corporal acaba com a barreira entre artista e arte. As linhas são apagadas entre mensagem e mensageiro ou criador e criação. Isso permite ampliar a ideia de perspectiva da primeira pessoa.
Ela está associada à body paint (pintura corporal), existente desde os primórdios da humanidade na forma ritualística até às tatuagens.
O artista americano Chris Burden é um bom exemplo de expoente desse estilo. As apresentações feitas nesses moldes costumam ter o objetivo de gerar reflexões acerca da cultura, sociedade, política, etc.
A performance acima consistia em Burden deslizar sobre vidros quebrados – apenas de cueca – com as mãos amarradas atrás das costas. Isso gerou um grande desconforto por parte do público, principalmente ao verem a dor sentida pelo artista enquanto fragmentos de vidro rasgavam seu corpo.
Burden queria que estivesse claro para os telespectadores como a dor é real e enfatizou isso ao se apresentar ao vivo. Ele exibiu um trecho de dez segundos desta peça nos comerciais de uma rede local de TV.
Outra artista que explora práticas que colocam seu corpo em perigo é a Marina Abramović. Ela permaneceu imóvel em uma sala por seis horas, com 72 objetos, entre eles uma rosa a uma arma carregada, onde o público foi convidado a utilizar qualquer um dos objetos da maneira que quisessem na artista.
Seu objetivo também inclui fazer com que o público “fuja” da apreciação estética apenas de pinturas e esculturas, e dê atenção, também, a uma arte mais efêmera e chocante.
O brasileiro Antonio Manuel já experimentou a body arte com o seu trabalho “O Corpo é a Obra”. Isso ocorreu em 1970 e a proposta era realizar uma exposição com o artista nu. A ideia veio logo após Ato Institucional Número Cinco (AI-5), imposto durante a Ditadura Militar como forma de reprimir a liberdade de expressão.
Outra artista nacional mais atual é Carla Borba. Ela cria fotografias de si mesma ao usar materiais inusitados como carvão. Em uma de suas performances ela desfila entre as pessoas do público com uma máscara preenchida por terra. O auge da apresentação acontece quando ela rasga essa máscara deixando a terra cair no chão. Veja no vídeo abaixo o que aconteceu no evento.
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