Aldemir Martins foi um pintor, gravador, desenhista e ilustrador, nascido em 8 de novembro de 1922, na região do Vale do Carirí (Ceará). Seu talento já era perceptível desde criança, pois, ao ser enviado Colégio Militar de Fortaleza (1934), tornou-se o orientador artístico de classe.
Filho de um modesto funcionário público e de uma dona de casa descendente dos índios tapuias, Aldemir Martins teve uma infância pobre. O Exército seria uma das poucas oportunidades possíveis de inclusão social naquele momento. Lá, também se destacou pelo seu talento artístico. Desenhou o mapa aerofotogramétrico de Fortaleza e conquistou seu primeiro prêmio ao vencer o concurso promovido pela Oficina de Material Bélico, na pintura de viaturas do exército. Graças a isso recebeu a patente de “Cabo Pintor”.
O artista sempre revelou uma produção artística intensa em campos variados (pinturas, gravuras, esculturas, cerâmicas, desenhos) e em superfícies diversas, desde pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho — até formas de pizza.
Seus traços fortes e tons vibrantes tornam suas obras inconfundíveis. Hoje, estão expostas em museus e coleções privadas na França, Suíça, Itália, Alemanha, Polônia, México, Argentina, Uruguai, Peru, Estados Unidos, Chile e Brasil.
Seus trabalhos, muito importantes para o cenário artístico brasileiro, representam fortemente a marca da paisagem e do homem do nordeste. Em 5 de fevereiro de 2006, aos 83 anos, Aldemir morreu de infarto em São Paulo.
1) Aldemir Martins ajudou a criar a Sociedade Cearense de Artistas Plásticos com Mário Barata, Antonio Bandeira e João Siqueira Esse grupo monta um espaço para exposições permanentes, organiza salões e cursos de arte.
2) Foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem do Rio Branco, em grau de Cavaleiro.
3) Sua carreira atingiu o ápice ao ser premiado como melhor desenhista internacional na 28.ª Bienal de Veneza (1956) e expor em diversas partes do mundo.
4) Criou o cenário para o 1.º Festival da MPB, da TV Record, em 1962.
5) Em 1975 criou as imagens de abertura das novelas Gabriela (1975) e Terras do Sem Fim (1981), ambas da rede Globo. Nos anos 1980, ilustrou jogos de mesa, camisetas e latas de sorvete da Kibon.
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