Artigos Acadêmicos

A escultura Neoclássica: Pigalle, Houdon e Canova

Por Fatima Sans Martini - maio 2, 2022
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Entre os nomes dos grandes escultores que produziram durante o período artístico, conhecido por Neoclássico[1], encontram-se: os franceses: Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) e Jean Antoine HOUDON (1741-1828); os italianos: Antonio CANOVA (1757-1822) e Lorenzo BARTOLINI (1777-1850). De Genebra, na Suíça: James PRADIER (1792-1852). Da Dinamarca: Bertel THORVALDSEN (1770-1844) e da Suécia: Bengt FOGELBERG (1786-1854).


Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785)

Nascido em Paris, filho de um mestre carpinteiro, Pigalle frequentou, ainda muito jovem, as oficinas dos escultores: Robert LE LORRAIN[2] e JEAN-BAPTISTE II Lemoyne[3].

De volta à Paris, depois de passar cerca de três anos em Roma, estudando por conta própria, Pigalle apresentou à corte a clássica e graciosa obra – Mercúrio[4] – produzida em 1744, consagrando-se definitivamente.

Aceito na Académie Royale de Peinture et de Sculpture[5], Pigalle desenvolveu ao longo dos anos umaprodução original em frequente renovação de estilos, garantindo-lhe popularidade junto a corte francesa.

Já sob o universo Neoclássico, Pigalle esculpiu inúmeros retratos das novas personalidades do período, entre eles Denis Diderot (1713-1784) e François-Marie Arouet, conhecido por Voltaire (1694-1778), em que uniu ousadamente a tendência naturalista com a formulação clássica exigida na época.

 Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) Voltaire nu, 1776. Escultura em Mármore, 150x89x77. Musée du Louvre, Paris, França.
Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) Voltaire nu, 1776.
escultura neoclássica; Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) Voltaire nu, 1776. Escultura em Mármore, 150x89x77. Musée du Louvre, Paris, França.
Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) Voltaire nu, 1776. Escultura em Mármore, 150x89x77. Musée du Louvre, Paris, França.

Executada por Pigalle, financiada em grande parte por Frederico II da Prússia (1712-1786), admirador de Voltaire, o filósofo francês do iluminismo, a obra, escandalizou a sociedade da época.

Mas, se enganam os que pensam que a celeuma se deu pela nudez. O motivo da perplexidade? A fragilidade do velho corpo, distante da idealização anatômica, tão em voga e necessária no período artístico do Neoclássico, principalmente na França.

Voltaire, sentado sobre um tronco de árvore, segura um rolo de papel e uma pena. Um pano recobre parte do braço esquerdo, revelando o corpo flácido. Aos pés os símbolos das musas[6], representando o filósofo, historiador, escritor e poeta: Tália (máscara), Melpômene (adaga), Calíope (coroa de louros) Terpsícore (lira) e Clio (pergaminhos).


Jean Antoine HOUDON (1741-1828)

Natural de Versailles, filho de empregados da corte francesa, Houdon aos oito anos, ganhou um presente inesperado: a residência em Paris onde os pais trabalhavam foi transformada em sede da recém-fundada École des Élèves Protégés, a qual preparava os alunos parao Grand Prix de Rome, permitindo-lhe ao longo dos anos estudar com grandes artistas, desenvolver seu talento e após um estágio ganhar o prêmio de escultura aos vinte anos.

Em Roma por volta de 1761 a 1768, Houdon absorveu a idealização da Antiguidade e a emoção do Barroco por meio da obra de Bernini[7].

Logo depois do retorno à França, Houdon foi eleito para a Académie Royale de Peinture et de Sculpture, trabalhando como professor na corte de Luís XVI[8], após 1774. Durante a Revolução Francesa (1789-1799) escapou de ser preso, voltando a produzir durante o Império de Napoleão[9].

Dedicado aos estudos anatômicos, Houdon destacou-se ao retratar figuras conhecidas do período, principalmente os líderes iluministas franceses e políticos dos Estados Unidos. Famoso, trabalhou na Alemanha e na corte de Catarina II[10], da Rússia.

As diferentes influências marcaram a obra de Houdon, que se dividiu em composições naturalistas, neoclássicas e barrocas. No entanto, essa divergência de estilos levou-o a um estilo “pessoal inimitável que permeou sua obra ao longo da longa carreira, por dois reinados do ancien régime, Revolução, Diretório, Império e Restauração.” (METROPOLITAN MUSEUM OF ART. Tradução nossa[11])

Um dos mais importantes representantes da escultura no período, Houdon se afastou dos clássicos nus, adicionando por vezes vestimentas modernas sobre estátuas em poses clássicas, agradando sobremaneira aos que discordavam dos seus heróis vistos como vieram ao mundo. Mas sua obra maior, sua especialidade, foram os retratos.

Jean Antoine HOUDON (1741-1828) Benjamin Franklin (1706-1790), 1778. Escultura em Mármore, 58.7x 36.8x28.6 cm, com a base 44.5. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA.
Jean Antoine HOUDON (1741-1828) Benjamin Franklin (1706-1790), 1778. Escultura em Mármore, 58.7x 36.8×28.6 cm, com a base 44.5. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA.

O busto de Franklin foi o primeiro dos retratos de figuras importantes da história americana. Houdon capturou os aspectos da personalidade, um tanto astuta de Franklin, que tanto fascinou a sociedade francesa durante seus nove anos em Paris, de 1776 a 1785.  O semblante, o cabelo natural sem pó e os ternos simples contrastavam fortemente com as normas dos círculos diplomáticos em que Franklin se movia. Uma imagem que atraia multidões nas ruas e amplamente divulgada pelos principais artistas da época.

Mantendo um perfil moderado durante a revolução francesa, quando muitos de seus patronos foram vítimas do Terror, Houdon executou diversos retratos de figuras públicas do agitado período.

Uma das obras mais interessante desse universo é a escultura de Voltaire sentado.

Jean Antoine HOUDON (1741-1828) Voltaire sentado, ca. 1779-antes de 1828. Escultura em Gesso com suportes de metal, vestígios de tinta azul-esverdeada escura, 137.16×71.12×93.98. Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, EUA.
Jean Antoine HOUDON (1741-1828) Voltaire sentado, ca. 1779-antes de 1828. Escultura em Gesso com suportes de metal, vestígios de tinta azul-esverdeada escura, 137.16×71.12×93.98. Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, EUA.

A bela estátua de Voltaire faz plena justiça à sabedoria e ao humor céptico do modelo, e a roupagem clássica do famoso escritor – para acentuar o paralelo com os filósofos antigos – não é discordante, porque ele a usa com tanta naturalidade como se vestisse um roupão. (JANSON, 1992, p. 609)


Antonio CANOVA (1757-1822)

Nascido em Possagno, província de Treviso, na Itália, Antônio Canova se destacou tanto na escultura como na pintura.

O jovem artista os dezesseis anos já recebia encomendas junto à marmoraria em que trabalhava, próximo a Treviso, chamando a atenção da alta aristocracia veneziana. 

Ao conhecer algumas de suas obras, quando em passagem pela Itália, Bonaparte[12] convidou Canova para executar esculturas da família, em Paris, na França. Ali, o artista, para sua tranquilidade e mesmo pelo seu caráter pacífico, manteve-se afastado da política turbulenta e do grupo de artistas patrocinados pelo governo.

Um dos principais escultores do Neoclássico, do início do século XIX, aliado, posteriormente, do Romantismo, Canova foi mestre em desenhar e esculpir as formas, tanto femininas como masculinas, no entanto, se manteve dentro do estilo acadêmico e previdente; qualidades estéticas afinadas com a reação ao frívolo e agitação do Rococó, do período anterior.

Sua escultura é tensa busca do belo ideal a partir do antigo, que, no entanto, não é um frio modelo acadêmico, mas uma realidade bela e perdida que se quer reanimar com seu calor. Chega-se ao belo por um processo de sublimação daquilo que de início era um estado de violenta e dramática emoção. (ARGAN, 2001, p. 25)

Antônio CANOVA (1757-1822) Psique revivida pelo beijo de amor ou Amor e Psique reclinados, 1787-1793. Escultura em Mármore, 155x168x101. Musée du Louvre, Paris, França.
Antônio CANOVA (1757-1822) Psique revivida pelo beijo de amor ou Amor e Psique reclinados, 1787-1793. Escultura em Mármore, 155x168x101. Musée du Louvre, Paris, França.

Antônio CANOVA (1757-1822) Psique revivida pelo beijo de amor ou Amor e Psique reclinados, 1787-1793. Escultura em Mármore, 155x168x101. Musée du Louvre, Paris, França.

O grupo escultural, acima, recebeu duas versões semelhantes. A primeira versão, presente no acervo do Musée du Louvre, em Paris, na França, foi adquirida, em 1801, pelo cunhado de Napoleão Bonaparte, na ocasião, rei de Nápoles, Marechal Joachim Murat (1767-1815) para sua residência.

O segundo grupo, no State Hermitage Museum[13], em São Petersburgo, na Rússia, pertencia a primeira esposa de Napoleão, Josephine. E a versão em gesso se encontra no Metropolitan Museum of Art[14], em Nova York, nos Estados Unidos.

Artistas ao longo do tempo simbolizaram Cupido (Eros, para os gregos) quase sempre como um menino alado, com ar maroto, armado de arco e aljava carregada de flechas e inevitavelmente acompanhado da mais bela deusa, sua mãe, nascida da espuma do mar.

Popular entre os artistas do Neoclássico e do Romantismo, a história mitológica do amor do jovem Cupido e Psique[15] foi, por diversas vezes, adaptada e representada na pintura e escultura no início do século XIX. Antônio Canova, por exemplo, executou mais de uma composição, em terracota e em mármore, sobre o assunto[16].

De acordo com a história, ao notar que seu filho não crescia, Vênus consultou as profecias e foi lhe respondido que ela deveria lhe dar um irmão, de nome Anteros, a contrapartida do amor. Dessa forma, Cupido cresceu, mostrando-se vitorioso em tudo que se relacionava ao amor e à paixão, flechando corações sempre quando invocado ou provocado. Até que um dia se apaixonou por Psique, uma princesa de rara beleza.

Para esconder a amada da mãe, que se sentia ofendida com a exaltação da beleza da princesa mortal, Cupido pediu ajuda ao vento Zéfiro, que a transportou para um palácio, cercado de pedras preciosas. No alto da montanha, isolada, a amante recebia na escuridão da noite o misterioso rapaz, que partia sempre antes do amanhecer, levando consigo juras de amor e promessas de confiança no amor.

Até que, vencida pela curiosidade, Psique descobriu a face do jovem, que partiu desgostoso frente à desconfiança da mulher, abandonando-a.

Infeliz e desorientada, além disso, a jovem começou a ser perseguida por Vênus com inúmeras provações e sofrimento.

No último encargo, Psique foi obrigada a descer ao inferno e voltar com um frasco fechado, sem destampá-lo. Animada pelo segredo, a jovem abriu o pequeno recipiente e libertou, sem querer, o sono infernal, que se apossando de seu corpo, tornou-o inerte para sempre.

Com saudades, ao retornar, o deus do amor viu pela janela a amada desfalecida. Rapidamente, voou até a jovem, acordando-a com um leve beijo. Em seguida reclamou sobre as ofensivas de sua mãe a Júpiter, que foi a seu favor, enviando Mercúrio para raptar a amada. Admitida no Olimpo, Psique tornou-se imortal ao beber néctar e comer ambrosia. Assim, a mulher de grande beleza, depois de muito sofrer e lutar na terra a procura do amor, lá no céu pode se casar e viver abençoada por todos os deuses.

Na escultura, Psique revivida pelo beijo de amor, Canova representa a jovem desnuda, com apenas um drapeado cobrindo parte do seu quadril, apoiando-se no personagem alado, ao acordar. A mão direita do rapaz sustenta sua cabeça e, a mão e braço esquerdo escondem os delicados seios da mulher.

A imagem apresenta o ápice da história quando o jovem, munido de sua aljava e com as asas ainda levantadas, escora a amada e ela, delicadamente, tem o rosto do amante próximo à sua face, onde acaba de receber o beijo de amor.

Canova trabalha a pedra com diferentes texturas. O mármore frio e branco, extremamente polido, converte-se em carne macia. A seda recobre o quadril da mulher e o tecido, mais pesado em dobras, acolhe e protege os personagens da rudeza da pedra com ranhuras ainda por polir, em contraste com as asas do rapaz que são quase translúcidas à luz.

A posição das pernas do casal define a forma piramidal sobre a pesada rocha. O instante inerte e estável parece colidir com o movimento de rotação da composição, que se inicia no pé direito do rapaz pousado no chão e termina no abraço que eleva a jovem, ressaltando o retorno à vida.

A obra, impregnada de erotismo e de movimento, indicou o caminho para os escultores do Romantismo, que buscavam por meio de eventos modernos, unir o equilíbrio do neoclássico, a inspiração na mitologia e, ainda, a expressão de grandes emoções, com o movimento intenso e exagerado do novo estilo. 

Antonio CANOVA (1757-1822) As Três Graças, 1814-17. Mármore, 173x97,2x57.  © Victoria and Albert Museum, Londres, UK.
Antonio CANOVA (1757-1822) As Três Graças, 1814-17. Mármore, 173×97,2×57.  © Victoria and Albert Museum, Londres, UK.

Nessa versão da obra original encomendada por Joséphine de Beauharnais, primeira esposa de Napoleão Bonaparte, no State Hermitage Museum, em São Petersburgo, na Rússia, Canova apresenta As Três Graças[17].

Filhas de Zeus, de acordo com Hesíodo ((909, 2013, p. 95) cada uma é capaz de conceder um presente particular à humanidade: Euphrosine, a alegria, Aglaia (no centro) elegância e brilho e Thalie, juventude e beleza.

O tema das Três Graças fez parte das obras executadas por diferentes gerações de artistas, que elaboraram e adaptaram o grupo a partir de pinturas e esculturas produzidas na Antiguidade, provavelmente no período Helenístico, por volta do século II a.C.

Um dos grupos[18], produzido na Grécia e copiado pelos romanos, encontra-se no acervo do Metropolitan Museum of Art, em Nova York.

No entanto, diferente das pinturas e esculturas executadas sobre o mesmo tema, por exemplo, no Renascimento por BOTTICELLI[19] e RAFAEL[20], no Barroco, por RUBENS[21], entre outros, em que as Graças são representadas de pé com as mãos pousadas nos ombros da outra e a jovem do centro virada de costas e diferentes movimentos do olhar, as três figuras femininas de Canova estão de frente, unidas por um abraço, reforçado ainda por um grande e delicado lenço. Um modelo que será seguido por muitos escultores do período, entre eles: Bertel THORVALDSEN (1770-1844) e James PRADIER (1790-1852).


REFERÊNCIAS

ARGAN, Giulio Carlo. Arte Moderna. Do Iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann; Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 709 p.

GALLERIA DEGLI UFFIZI, Florença, Itália.  Disponível em: https://www.uffizi.it/opere/botticelli-primavera Acesso em: 26 abr. 2022.

HESÍODO. Teogonia. Organização e tradução Christian Werner. São Paulo: Hedra, 2013. 103p.

_________      . Teogonia e Trabalhos e Dias. Tradução e introdução Sueli Maria de Regino. São Paulo: Martin Claret, 2014. 153p.

JANSON H. W. História da Arte. Tradução J.A. Ferreira de Almeida; Maria Manuela Rocheta Santos. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1992. 823 p.

LOS ANGELES COUNTY MUSEUM OF ART, Los Angeles, EUA. Disponível em: https://collections.lacma.org/node/209607 Acesso em: 26 abr. 2022.

METROPOLITAN MUSEUM OF ART, Nova York, EUA. Disponível em:  https://www.metmuseum.org/art/collection/search/256403 Acesso em: 26 abr. 2022.

METROPOLITAN MUSEUM OF ART, Nova York, EUA. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/208578 Acesso em: 26 abr. 2022.

METROPOLITAN MUSEUM OF ART, Nova York, EUA. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/188954 Acesso em: 27 abr. 2022.

MUSÉE CONDÉ DE CHANTILLY, França. Disponível em: http://www.musee-conde.fr/fr/search-notice/detail/pe-38-les-trois-32724 Acesso em: 27 abr. 2022.

MUSÉE DU LOUVRE, Paris, França. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010090767 Acesso em: 26 abr. 2022.

MUSÉE DU LOUVRE, Paris, França. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010092060 Acesso em: 26 abr. 2022.

MUSÉE DU LOUVRE, Paris, França. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010091976 Acesso em: 26 abr. 2022.

MUSÉE DU LOUVRE, Paris, França. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010091975 Acesso em: Acesso em: 26 abr. 2022.

MUSEO NACIONAL DEL PRADO, Madrid, Espanha. Disponível em: https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/las-tres-gracias/145eadd9-0b54-4b2d-affe-09af370b6932 Acesso em: 26 abr. 2022.

STATE HERMITAGE MUSEUM, São Petersburgo, Rússia. Disponível em: https://hermitagemuseum.org/wps/portal/hermitage/digital-collection/06.+sculpture/56538 Acesso em: 26 abr. 2022.

VICTORIA AND ALBERT MUSEUM, Londres, UK. Disponível em: https://www.vam.ac.uk/articles/the-three-graces Acesso em: 27 abr. 2022.


[1]    O período artístico conhecido por Neoclássico se estende a partir do final do século XVIII, alcança o Romantismo e, em alguns casos, alcança o final do século XIX.

[2]     Robert LE LORRAIN (1666-1743). Escultor do Barroco, aluno de François GIRARDON (1628-1715) e Pierre PUGET (1620-1694). Saiba mais sobre a Escultura francesa: Classicismo Barroco e Mitologia em: https://arteref.com/artigos-academicos/classicismo-barroco-e-mitologia/

[3]     JEAN-BAPTISTE II Lemoyne, o jovem (1704-1778). Escultor do Rococó, aluno de Robert LE LORRAIN, nomeado escultor de Luís XV, Lemoyne executou diversas esculturas da corte, principalmente, bustos do rei. Saiba mais sobre o Rococó na Escultura em: https://arteref.com/artigos-academicos/o-espirito-rococo-na-escultura/

[4]     Jean-Baptiste PIGALLE (1714-1785) Mercúrio atando suas asas, 1744. Mármore, 58×35,5×33. Musée du Louvre, Paris, França. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010092060 Acesso em: 26 abr. 2022.

[5]     A Académie Royale de Peinture et de Sculpture (Academia Real de Pintura e Escultura) foi fundada em Paris em 1648 por Luís XIV (1754-1793) e dirigida pelo pintor oficial da corte, Charles LE BRUN (1619-1690). Fazia parte do currículo a instrução prática e teórica, baseado num sistema de regras e no racionalismo. As normas eram extremamente rígidas e os temas, por ordem de valor, em tabela própria, partiam da história greco-romana e terminavam na natureza morta.

[6]     As nove filhas, geradas pelo grande Zeus e a titânide Mnemósina, nasceram para louvar os grandes feitos dos seres divinos. Segundo Hesíodo (77-79, 2013, p. 35-37), Clio, divulgadora da História, Euterpe, da poesia lírica, Tália, da comédia, Melpômene, da tragédia, Terpsícore, musa da dança e da música, Érato, da lírica e dos cantos de amor, Polímnia, da poesia sacra, Urânia, astronomia, e a superior a todas, Calíope, a musa da poesia épica, carrega uma coroa de louro para os heróis.

[7]     Saiba mais sobre Gian Lorenzo BERNINI (1598-1680) em: https://arteref.com/artigos-academicos/bernini-e-a-arte-cenografica/

[8]     Rei da França, Luís XVI (1754-1793), neto de Luís XV, foi coroado em 1774 e deposto em 1792 e executado durante a Revolução Francesa.

[9]     Consul a partir de 1799, Napoleão Bonaparte (1769-1821) assumiu como imperador da França de 1804 a 1814 e por Cem Dias em 1815.

[10]   Conhecida como Catarina, a Grande (1729-1796) em seu reinado (1762-1796) a Rússia foi revitalizada e tornou-se uma das maiores potências da Europa, no período.

[11]   an inimitable personal style that would permeate his work through the end of a long career that spanned two reigns of the ancien régime through the Revolution, Directory, Empire, and Restoration. (Disponível em: https://www.metmuseum.org/toah/hd/jahd/hd_jahd.htm. Acesso em: 26 abr. 2022.

[12]   Consul a partir de 1799, Napoleão Bonaparte (1769-1821) assumiu como imperador da França de 1804 a 1814 e por Cem Dias em 1815.

[13]   Antônio CANOVA (1757-1822) Cupido e Psique, 1794-1799. Escultura em Mármore, 148×172 de altura. State Hermitage Museum, São Petersburgo, Rússia. Disponível em:  https://hermitagemuseum.org/wps/portal/hermitage/digital-collection/06.+sculpture/56792 Acesso em: 26 abr. 2022.

[14]   Antônio CANOVA (1757-1822) Cupido e Psique, 1794. Escultura em Gesso, 134.6×151.1×81.3. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/188954 Acesso em: 26 abr. 2022.

[15]   A história de Eros/Cupido e Psique está contida no romance em latim Metamorphoseon libri XI ou O Asno de Ouro, do escritor e filósofo neoplatônico Lúcio APULEIO (125-170). O livro contém narrativas de episódios fantásticos de um homem transformado em asno. BOCCACCIO, no século XIV e Calderón de LA BARCA (1600-1681), no século XVII, fizeram adaptações livres sobre a antiga obra.

[16]   Antônio CANOVA (1757-1822) O Amor e Psique em Pé (L’Amour et Psyché debout), 1797. Escultura em Mármore, 145 de altura. Musée du Louvre, Paris, França. As figuras estão de pé e Eros/Cupido apoia as mãos nos ombros de Psique. Uma borboleta se encontra entre as palmas das mãos dos dois amantes. Considerada uma das melhores obras do artista, foi extensivamente copiada ao longo do século XIX. Disponível em: https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010091975 Acesso em: 26 abr. 2022.

[17]   Do casamento de Zeus com Eurínome, filha do Oceano e encantadora beleza, nasceram as três Graças, segundo Hesíodo (909, 2013, p. 95), “Aglaia, brilho, Euphrosine, a alegria e a encantadora Thalie, a festa”.

[18]   Grupo de Estátua das Três Graças, século II a.C. Cópia romana em Mármore, 123×100. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA. Disponível em:  https://www.metmuseum.org/art/collection/search/256403 Acesso em: 26 abr. 2022.

[19]   Sandro BOTTICELLI (1444/5-1510) A Primavera, ca. 1477-78. Têmpera sobre madeira. Galleria degli Uffizi, Florença, Itália.  Disponível em: https://www.uffizi.it/opere/botticelli-primavera Acesso em: 26 abr. 2022. Saiba mais de Botticelli em: https://arteref.com/artigos-academicos/a-pintura-renascentista-do-seculo-xv/

[20]   RAFAEL de Sanzio (1483-1520) As Três Graças, 1504-1505. Óleo sobre álamo, 17×17.  Musée Condé de Chantilly, França. Disponível em: http://www.musee-conde.fr/fr/search-notice/detail/pe-38-les-trois-32724 Acesso em: 27 abr. 2022. Saiba mais de Rafael em: https://arteref.com/artigos-academicos/rafael-a-perfeicao-no-renascimento-pleno/

[21]   Peter Paul RUBENS (1577-1640) As Três Graças, 1630-1635.  Óleo sobre carvalho, 220,5×182. Museo Nacional del Prado, Madrid, Espanha. Disponível em: https://www.museodelprado.es/coleccion/obra-de-arte/las-tres-gracias/145eadd9-0b54-4b2d-affe-09af370b6932 Acesso em: 26 abr. 2022. Saiba mais de Rubens em: https://arteref.com/artigos-academicos/peter-paul-rubens/

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Mestre em Artes Visuais com Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais pela UNESP. Pós-graduação em História da Arte pela FAAP-SP. Formada em Artes Plásticas. Experiência profissional: Projetista em Design de Interiores. Experiência acadêmica: nas disciplinas de Projetos, Desenho, História do Mobiliário e História da Arte nos cursos de Arquitetura e Design de Interiores. Professor das disciplinas de Estética e História da Arte Mundial e Brasileira no Curso de Artes da Unimes, Universidade Metropolitana de Santos, SP

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