Artigos Acadêmicos

O Neoclássico no Reino Unido

Entenda sobre o movimento e seus principais artistas.

Por Fatima Sans Martini - março 3, 2022
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A partir de meados do século XVIII e meados do século XIX surgiram inúmeras tendências artísticas, ainda no âmbito da apresentação figurativa, semelhantes ou diversas, segundo a sociedade local, o regime político ou crença religiosa. No Reino Unido, o Neoclássico, o Romantismo e as Poéticas do Pitoresco e do Sublime caminharam quase concomitantemente.

Com diferentes estéticas, os limites cronológicos, portanto, são imprecisos. A obra Neoclássica de alguns artistas, por exemplo, atravessa o período das Poéticas e caminha ao lado do Romantismo.

Entre os artistas do Reino Unido que optaram por uma pintura no estilo Neoclássico encontram-se: os ingleses: John FLAXMAN (1755-1826), Richard WESTALL[2] (1765-1836) e George DAWE (1781-1829); o anglo-americano Benjamin WEST[3] (1738-1820); o irlandês James BARRY (1741-1806) e o escocês: Gavin HAMILTON[4] (1723-1798).


Gavin HAMILTON (1723-1798)

Um dos principais nomes responsáveis por iniciar o que se denominou de arte Neoclássica, o escocês Gavin Hamilton atuou na mesma época que Anton Raphael MENGS[5] e Johann Joachim WINCKELMANN[6], fundamentais para o desenvolvimento do estilo junto a arte europeia.

Mais sobre Gavin Hamilton em https://arteref.com/artigos-academicos/a-pintura-neoclassica-de-gavin-hamilton/


Benjamin WEST (1738-1820)

Com uma técnica primorosa e o estilo desenvolvidos ao lado de Mengs e Gavin Hamilton em Roma, a pintura Neoclássica do anglo-americano Benjamin West tornou-se uma referência, a partir de meados do século XVIII, para os jovens artistas ingleses, que já vinham sendo orientados por Sir Joshua REYNOLDS[7], quanto a importância e grandeza do tema histórico.

Na direção da Royal Academy em 1792, após a morte de Reynolds, West foi um dos responsáveis por levar a arte Neoclássica também para os americanos que chegavam à Inglaterra para estudar.

Mais sobre Benjamin WEST (1738-1820) em https://arteref.com/artigos-academicos/pinturas-benjamin-west-e-john-copley/


James BARRY (1741-1806)

Nascido em Cork, na Irlanda, James Barry aplicou o estilo neoclássico nas grandes cenas históricas e mitológicas, produzidas na Inglaterra na mesma época de atuação de Sir Joshua REYNOLDS e Benjamin WEST.

De 1765 a 1770, financiado por Edmund Burke[8], Barry viajou para Paris, Florença, Bologna e Veneza, fixando-se em Roma, na época, berço das discussões sobre a arte neoclássica.  

O período vivido na Itália influenciou grandemente a obra de Barry levando-o à produção de temas clássicos e históricos ao retornar à Inglaterra em 1771. As pinturas: Zeus enganado por Hera no Monte Ida[9] e A Educação de Aquiles, de 1772, são exemplos dessa fase.  

James BARRY (1741-1806) A Educação de Aquiles, ca. 1792. Óleo sobre tela, 102,9x128,9. Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection, New Haven, Connecticut, EUA.
James BARRY (1741-1806) A Educação de Aquiles, ca. 1792. Óleo sobre tela, 102,9×128,9. Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection, New Haven, Connecticut, EUA.

A educação de Aquiles foi confiada por seu pai, Peleu, ao Centauro Quíron[10], no monte Pélion, na Tessália. Quíron alimentou-o com mel de abelhas, medula de ursos e de javalis e vísceras de leões. A vida em contato com a natureza levou-o à caça, às dificuldades no campo e ao adestramento de cavalos. Por outro lado, intrépido e virtuoso, Aquiles aprendeu música e os segredos da medicina. “Unguentos calmantes no talho coloca, desses que Aquiles te fez sabedor, é o que todos proclamam, cujo segredo aprendeu com Quirão, o Centauro mais justo.” (HOMERO, Ilíada, XI, 829-831, 2015, p. 261-262)

Os anos após seu retorno a Londres foram os mais produtivos. Acolhido pela Royal Academy, Barry tornou-se um membro pleno a partir de 1773.

Quatro anos depois, Barry aceitou a proposta de executar pinturas históricas e alegóricas para a Grande Sala da Sociedade para o Incentivo às Artes, Manufaturas e Comércio, atual Royal Society of Arts.

Com dedicação exclusiva,após sete longos anos, para a alegria dos membros da sociedade, a série de pinturas históricas e alegóricas – O progresso do conhecimento e da cultura humana[11], revisitada e alterada por ele por mais uma década – foi um sucesso. O Tâmisa ou O Triunfo da Navegação, executada entre1791 e 1792, em água-tinta, faz parte de seis grandes gravuras sobre as pinturas ali realizadas. No entanto, apesar de aclamada, o mundo da arte britânica era dominado pela arte dos retratos, havendo pouco patrocínio para a pintura histórica no estilo de Barry.

Expulso da academia em 1799 por criticar a política do local e seus companheiros acadêmicos, Barry se viu empobrecido, longe do mundo artístico e nunca conseguiu estabelecer a pintura histórica na Grã-Bretanha. Com grandes obras produzidas, seu nome só foi reconhecido um século depois.

Neoclássico no Reino Unido; James BARRY (1741-1806) O Tâmisa ou o Triunfo da Navegação (Projeto para a Grande Sala da Sociedade para o Incentivo às Artes), 1791-1792. Gravura sobre papel, 42.7x50.3. Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection. New Haven, Connecticut, EUA.
James BARRY (1741-1806) O Tâmisa ou o Triunfo da Navegação (Projeto para a Grande Sala da Sociedade para o Incentivo às Artes), 1791-1792. Gravura sobre papel, 42.7×50.3. Yale Center for British Art, Paul Mellon Collection. New Haven, Connecticut, EUA.

As gravuras, que Barry denominou de grandes e pequenas, para se adequar à redução das proporções do papel receberam diversas alterações, e, portanto, não são reproduções das pinturas originais, alteradas também por ele diversas vezes. 

Uma das alterações mais significativas na gravura em relação à pintura original é a figura de Mercúrio, representando o comércio, que voa mais baixo sobre a personificação do Tamisa, uma vez que foi necessário a compressão horizontal, para se adaptar ao tamanho da placa de cobre.

A imagem inclui dois dísticos do poema Cooper’s Hill de Sir John Denham[12] (1615- 1669): “Nem são suas bênçãos para suas margens confinadas. Mas livres e comuns como o mar ou o vento. Então para nós nada, nenhum lugar é estranho. Enquanto seu belo seio é o câmbio do mundo.” (Tradução nossa[13])


John FLAXMAN (1755-1826)

Nascido em York, Yorkshire, escultor, ilustrador e designer inglês, pintor e escultor, um dos principais artistas do estilo Neoclássico na Inglaterra, John Flaxman atuou e ficou conhecido, principalmente, a partir do final do século XVIII.  

Sob um novo estilo, com um desenho primoroso e precisão histórica – às vezes simplesmente um esboço, aparentemente primitivo – com destaque para a figura humana em trajes de época, geralmente de perfil, e um cenário de plano único, Flaxman foi chamado a publicar uma série de ilustrações em edições clássicas, após chamar a atenção de editores ingleses, italianos e franceses.

Após John FLAXMAN (1755-1826) Gravado por James Parker (1757-1805) Ulisses na Mesa de Circe - The Odyssey of Homer engraved from the Compositions of John Flaxman R.A., Sculptor, London, 1805. Gravura, lápis, caneta e tinta sobre papel, 17x26. Royal Academy, Londres, UK.
Após John FLAXMAN (1755-1826) Gravado por James Parker (1757-1805) Ulisses na Mesa de Circe – The Odyssey of Homer engraved from the Compositions of John Flaxman R.A., Sculptor, London, 1805. Gravura, lápis, caneta e tinta sobre papel, 17×26. Royal Academy, Londres, UK.

Na cena, Odisseu (Ulisses) é tentado pela feiticeira Circe a participar da refeição encantada, a qual transformava os homens em porcos.

O herói consegue, graças à proteção divina, desfazer a magia com a qual a Circetinha transformado seus homens em porcos, e ainda obtém seus favores.

Neoclassico no Reino Unido

Como escultor, Flaxman estabeleceu sua reputação com trabalhos em grande escala e monumentos, rivalizando-se com grandes nomes da escultura como o italiano Antonio CANOVA (1757-1822) e o dinamarquês Bertel THORVALDSEN (1770-1844).

Amigo de William BLAKE[14] na Royal Academy, Flaxman foi estimulado a estudar a Antiguidade Clássica, o que o levou a Roma em 1787, após trabalhar por anos para Josiah WEDGWOOD[15] com a modelagem de placas e antigos vasos gregos decorados em baixo-relevo, apreciados pela sociedade inglesa.

Em Roma até 1794, Flaxman estudou também os períodos da arte italiana, Medieval e Renascentista, esculpiu grupos de personagens clássicos reproduzidos a partir dos monumentos helênicos e ganhou destaque com as ilustrações.

Ao retornar a Londres, após ilustrar Ilíada e Odisseia de Homero, Eneida de Virgílio[16] e As Tragédias de Ésquilo[17], apoiado em baixos-relevos de templos gregos, Flaxman ilustrou a Divina Comédia[18], em 1802, e ainda, Teogonia[19] e Os Trabalhos e os Dias de Hesíodo[20], gravado por Blake em 1817.

John FLAXMAN (1755-1826) Projeto para um friso, baseado em um sarcófago romano: A primeira visita de Baco a Ariadne, final do século XVIII ao início do século XIX. Caneta e tinta preta, pincel e aguada cinza, sobre papel, 24.9 x 64.4. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA.
John FLAXMAN (1755-1826) Projeto para um friso, baseado em um sarcófago romano: A primeira visita de Baco a Ariadne, final do século XVIII ao início do século XIX. Caneta e tinta preta, pincel e aguada cinza, sobre papel, 24.9 x 64.4. Metropolitan Museum of Art, Nova York, EUA.

Abandonada na ilha de Naxos por Teseu[21], Ariadne[22] foi consolada por Afrodite, em sonho, que lhe garantiu um amante imortal, no lugar do desonesto mortal.

Passado um curto tempo, Dioniso, que regressara à amada Naxos, avistou a jovem recostada nas pedras próximas à praia, e dela, que acabou de acordar, enamorou-se imediatamente.

A fim de dissipar o susto momentâneo, o deus olímpico prometeu-lhe a imortalidade como presente de casamento.

Entre 1810 e 1818, Flaxman desenhou e modelou em gesso o Escudo de Aquiles descrito por Homero na Ilíada.

Executado em 1822 pelo ourives Philip Rundell[23], em prata dourada entre 1821 e 1822.

Neoclássico no Reino Unido; John FLAXMAN (1755-1826) (designer) e Philip RUNDELL (1746-1827) (joalheiro) Escudo de Aquiles, 1821-1822.Prata dourada, 90,5 x 90,5 x 18.  Royal Collection Trust. Buckingham Palace, Londres, UK.
John FLAXMAN (1755-1826) (designer) e Philip RUNDELL (1746-1827) (joalheiro) Escudo de Aquiles, 1821-1822.Prata dourada, 90,5 x 90,5 x 18. Royal Collection Trust. Buckingham Palace, Londres, UK.

Escudo convexo em prata dourada com medalhão central moldado em alto relevo, representando Apolo e quadriga, rodeado de estrelas e figuras femininas representando as constelações. A lateral, em baixo-relevo, recebe cenas da vida humana (casamento, banquete, cerco, emboscada, guerreiros, lavoura, colheita, olaria, rebanhos, animais e dança) cercadas por ondas estilizadas e uma borda.

No Canto XVIII, Homero descreve o escudo de Aquiles encomendado por Tétis à Hefesto, o deus da forja. “Grande e maciço, primeiro, fabrica o admirável escudo, com muito esmero, lançando-lhe à volta orla tríplice e clara, de imenso brilho.” No seu interior o ferreiro esculpe a terra, o mar, a lua, as estrelas, e duas cidades habitadas. “Plasma, por fim, na orla extrema do escudo de bela feitura a poderosa corrente do oceano, que a terra circunda.” (HOMERO, Ilíada, XVIII, 478-480 e 607-608, 2015, p. 398-401)


Richard WESTALL (1765-1836)

Britânico, eleito acadêmico a partir de 1794 da Royal Academy of Arts, Westall ousou junto aos temas históricos e mitológicos.

Grande produtor de ilustrações para edições literárias, atuou na área de desenhos, gravuras e aquarelas, muito apreciadas no período, com diferentes efeitos e rica coloração.

Mais sobre Westall em: https://arteref.com/artigos-academicos/arte-neoclassica-e-o-canto-iii-iliada/

Neoclássico no Reino Unido; Após Richard WESTALL (1765 - 1836) Gravado por William BOND (ativo ca. 1810 - 1834) A Expiação de Orestes, 1810. Gravura a água forte, 23x18,5. Royal Academy of Arts, Londres, UK.
Após Richard WESTALL (1765 – 1836) Gravado por William BOND (ativo ca. 1810 – 1834) A Expiação de Orestes, 1810. Gravura a água forte, 23×18,5. Royal Academy of Arts, Londres, UK.

Observado por Atena, Orestes se ajoelha diante do altar e estende a mão direita com a adaga em direção às chamas sob o tripé, enquanto Apolo afasta a Fúria à esquerda.

Gravura utilizada na edição de As belas artes da escola inglesa; ilustrada por uma série de gravuras, pinturas, esculturas e arquitetura, de artistas ingleses: com ensaios biográficos, críticos e descritivos, de vários autores; editado e parcialmente escrito por John Britton, F.S.A. – Londres: 1812.


George DAWE (1781-1829)

Pintor retratista e gravurista, talentoso e eclético, Dawe percorreu os estilos Neoclássico e Romântico, com obras e temas os mais diversos, trabalhando intensamente o desenho e o conhecimento da anatomia.

Em 1803, Dawe recebeu medalha de ouro em pintura histórica – Aquiles, desesperado pela perda de Pátroclo, rejeita o consolo de Tétis [24] – tornou-se membro em 1809 e foieleito acadêmico da Royal Academy em 1814.

Em 1818, Dawe foi chamado para retratar vários estadistas, príncipes e diplomatas presentes no Congresso de Aachen[25], que lhe renderam fama por toda a Europa, inclusive o reconhecimento do Imperador russo Alexandre I (1777-1825)

A partir de 1819, Dawe foi morar em São Petersburgo, na Rússia, após receber a incumbência de retratar cerca de mais de trezentos generais russos, ativos no período da invasão da Rússia por Napoleão Bonaparte. Os retratos, muito apreciados, foram expostos em 1826 na Galeria Militar do Palácio de Inverno em São Petersburgo, aberta para recebê-los.

Os retratos dos generais de sucesso, cobertos com medalhas e posando em belos e nobres uniformes, tornaram-se muito mais conhecidos na Rússia do que na Inglaterra, onde, muitas vezes, era criticado, por se considerar além dos próprios atributos artísticos.

Neoclássico no Reino Unido; George DAWE (1781-1829) Naomi e suas filhas, 1804. Óleo sobre tela, 96,1×76,9. Tate, Londres, UK.
George DAWE (1781-1829) Naomi e suas filhas, 1804. Óleo sobre tela, 96,1×76,9. Tate, Londres, UK.

Uma das primeiras pinturas exibidas após Dawe ganhar a medalha de ouro em pintura histórica na Royal Academy em 1803.

A cena retirada do Livro de Rute do Antigo Testamento (Rute 1-2, Atos 24) mostra o momento em que Noemi, resolve voltar para Belém e implora às noras Orfa e Rute (consideradas como filhas) para permanecerem na cidade natal de Moabe e se casarem novamente. Orfa aceita e se volta, relutantemente, enquanto Rute jura permanecer leal a Naomi.


Referências

HOMERO. Ilíada. Tradução Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. 536 p.

HOMERO. Ilíada. Tradução Frederico Lourenço. São Paulo: Penguin & Companhia das Letras, 2017. 715 p.

HOMERO. Odisseia. Tradução Carlos Alberto Nunes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. 424 p.

METROPOLITAN MUSEUM OF ART, Nova York, EUA. Disponível em: https://www.metmuseum.org/art/collection/search/341700 Acesso em: 27 jan. 2022.

ROYAL ACADEMY OF ARTS, Londres, UK. Disponível em: https://www.royalacademy.org.uk/art-artists/work-of-art/ulysses-at-the-table-of-circe-1 Acesso em: 27 jan. 2022.

ROYAL ACADEMY OF ARTS, Londres, UK. Disponível em: https://www.royalacademy.org.uk/art-artists/work-of-art/the-expiation-of-orestes Acesso em: 27 jan. 2022.

ROYAL COLLECTION TRUST. BUCKINGHAM PALACE, Londres, UK.  Disponível em: https://www.rct.uk/collection/51266/shield-of-achilles Acesso em: dez. 2021

TATE, Londres, UK. Disponível em: https://www.tate.org.uk/art/artworks/barry-the-thames-or-the-triumph-of-navigation-t03785 Acesso em: 27 jan. 2022.

TATE, Londres, UK. Disponível em: https://www.tate.org.uk/art/artworks/dawe-naomi-and-her-daughters-t05746 Acesso em: 27 jan. 2022.

YALE CENTER FOR BRITISH ART, Paul Mellon Collection. New Haven, Connecticut, EUA.  Disponível em: https://collections.britishart.yale.edu/catalog/tms:42084 Acesso em: 27 jan. 2022.

YALE CENTER FOR BRITISH ART, Paul Mellon Collection. New Haven, Connecticut, EUA. Disponível em:  https://collections.britishart.yale.edu/catalog/tms:29747 Acesso em: 27 jan. 2022.

YALE CENTER FOR BRITISH ART, Paul Mellon Collection. New Haven, Connecticut, EUA.  Disponível em: https://collections.britishart.yale.edu/catalog/tms:471 Acesso em: 27 jan. 2022.


[1]     Com letras, centro inferior: “Desenhado e gravado por Richd Westall, R.A.”. Rainha Judith, recitando para Alfredo quando criança as canções dos bardos descrevendo os feitos heroicos de seus ancestrais. O desenho original na coleção de Robt. Udney Esqr. “

[2]     Saiba mais sobre Richard WESTALL (1765-1836) em: https://arteref.com/artigos-academicos/arte-neoclassica-e-o-canto-iii-iliada/

[3]     Saiba mais sobre Benjamin WEST (1738-1820) em https://arteref.com/artigos-academicos/pinturas-benjamin-west-e-john-copley/

[4]     Saiba mais sobre Gavin HAMILTON (1723-1798) em https://arteref.com/artigos-academicos/a-pintura-neoclassica-de-gavin-hamilton/

[5]     Saiba mais sobre Anton Raphael MENGS em: https://arteref.com/artigos-academicos/neoclassicismo-antiguidade-grega-imitacao-poesia/

[6]Saiba mais sobre Johann Joachim WINCKELMANN em: https://arteref.com/artigos-academicos/neoclassicismo-antiguidade-grega-imitacao-poesia/

[7]     Sir Joshua REYNOLDS (1723 -1792) alcançou sucesso com a realização de retratos plenos de vigor e naturalidade, introduzindo a tradição de retratos impregnados de graça e beleza, próximos do estilo Rococó inglês. No entanto, na Academia já pregava sobre o gênero elevado da pintura histórica no período. Saiba mais sobre Sir Joshua REYNOLDS (1723-1792) em: https://arteref.com/artigos-academicos/pintura-inglesa-iluminismo-estetica-xviii/

[8]     Filósofo irlandês, Edmund Burke (1729-1797) escreveu sobre as reações dos ingleses quanto à Revolução Francesa e foi responsável por teorizar a estética do Sublime, similar ao conceito do Romantismo, em que tudo é grandioso, belo e extraordinário, em meio à luz, cores e movimento, mesmo que se apresente a feiura ou o horror, portanto, bem distante do neoclassicismo em que se busca o ideal da beleza na proporção, simetria e harmonia das formas. A obra publicada em 1757 e 1759, com o título de Investigação Filosófica acerca da Origem das Nossas Ideias do Sublime e do Belo, marcou a tradição de se teorizar as estéticas a partir de meados do século XVIII.

[9]     James BARRY (1741-1806) Zeus enganado por Hera no Monte Ida, 1790-1799. Óleo sobre tela, 130,2×155,4. Museums Sheffield. Graves Gallery, Sheffield, South Yorkshire, UK. Disponível em: http://collections.museums-sheffield.org.uk/media/view/Objects/16128/79834 Acesso em: 27 jan. 2022.

[10]   Resultado da relação de Crono, na forma de cavalo, com Filira, uma oceânida, o nobre, culto e inteligente, Centauro Quíron foi responsável por educar grande parte dos heróis gregos, inclusive o deus Apolo. Amigo de Peleu, Quíron presenteou-o com uma inquebrável lança de freixo do monte Pélion. 

[11]   Barry deu títulos individuais aos assuntos produzidos. Na ordem da sequência narrativa das pinturas e sua disposição ao redor da sala, encontram-se: Orfeu, Uma Casa de Colheita Grega, Coroando os Vitoriosos em Olímpia, O Triunfo da Navegação ou Tâmisa, A distribuição de prêmios na Sociedade de Artes e Elysium, ou O estado de retribuição final. Embora nem Barry nem a Sociedade tenham dado às pinturas ou gravuras de Barry um título coletivo, tal título evoluiu como O Progresso da Cultura e Conhecimento Humano, pelo qual pinturas e gravuras agora são geralmente conhecidas.

[12]   Sir John Denham (1615-1669) foi responsável por desenvolver o poema meditativo vagaroso ou poesia topográfica, o qual descreve e, ou, elogia, uma paisagem ou lugar em particular. O poema Cooper’s Hill foi publicado em 1642 e atingiu o pico de popularidade na Inglaterra do século XVIII, comparável aos textos sobre o Sublime de Edmund Burke.

[13]   “Nor are his blessings to his banks confin’d | But free and common as the Sea or Wind’ l.; ‘So that to us, nothing no place is strange | While his fair bosom is the world’s Exchange”. Tate, Londres, UK. Disponível em: https://www.tate.org.uk/art/artworks/barry-the-thames-or-the-triumph-of-navigation-t03785

[14]   Gravador, poeta e artista, William BLAKE (1757-1827) é considerado um dos mais antigos e originais poetas românticos. Sua obra pertence à Poética do Sublime.

[15]   Ceramista e empresário, Josiah WEDGWOOD (1730-1795) fundou a empresa Wedgwood em 1759, onde desenvolveu peças de cerâmica a partir de uma abordagem científica e pesquisas em materiais. Os itens ornamentais, principalmente faianças não vidradas em várias cores (jasperware) decoradas no estilo do neoclassicismo, com efeito de camafeu, são os mais conhecidos. Entre essas peças, destacavam-se a imitação de vasos gregos e figuras em baixo-relevo, desenhados por Flaxman.  

[16]   Publicada em 19 a.C. Eneida do poeta romano Públio VIRGÍLIO Maro ou Marão (70 a.C.-19 a.C.). descreve a epopeia de Enéas, filho de Vênus, após a queda de Tróia, que cumpre o seu destino chegando às margens de Itália, na fundação de Roma. 

[17]   As Tragédias de ÉSQUILO (ca. 525/524 a.C.-456/455 a.C.) Dramaturgo da Grécia Antiga, conhecido como pai da Tragédia, no século V a.C. Entre as peças preservadas encontram-se: As Suplicantes, Prometeu Acorrentado e Agamemnon.

[18]   Considerado um dos maiores poetas da língua italiana DANTE Alighieri (1265-1321) é responsável pelo poema A Comédia, rebatizado de A Divina Comédia, base da língua italiana moderna e o entendimento da Idade Média. O poema trata da viagem de Dante no Inferno, Purgatório e Paraíso.  Inicialmente guiado pelo poeta romano Virgílio, símbolo da razão humana, através do Inferno e do Purgatório e, depois, no Paraíso, pela mão da sua amada Beatriz, símbolo da graça divina.

[19]   O poema Teogonia, de HESÍODO (ca. VIII-VII a.C.), é composto por 1022 versos hexâmetros datílicos e descreve a origem e a genealogia dos deuses.  O poeta segue narrando a história de Zeus como governante do mundo, que tem o poder de unir e manter a existência da humanidade, por meio das batalhas e das uniões sagradas com deusas e mortais.

[20]   De HESÍODO, o poema épico, Os Trabalhos e os Dias, mostra o mundo dos mortais e temas como o trabalho e a justiça na Antiga Grécia.

[21] Filho de Egeu, rei de Atenas.

[22] Filha de Pasífae e do rei de Creta, Minos.

[23]   Donos de uma empresa no comércio de joias, o joalheiro inglês, Philip RUNDELL (1746-1827) e John Bridge, foram nomeados joalheiros reais a partir de 1789. John FLAXMAN executou inúmeros projetos para a produção de joias, pratos e vasos para a empresa.

[24]   George DAWE (1781-1829) Aquiles, desesperado pela perda de Pátroclo, rejeita o consolo de Tétis, 1803. Óleo sobre tela, 128,9×102,2.  Museum of New Zealand. Te Papa Tongarewa, Wellington, New Zealand. Disponível em: https://collections.tepapa.govt.nz/object/39407 Acesso em: 27 jan. 2022.

[25]   Congresso de Aachen, Aix-la-Chapelle ou Aquisgrano, na Alemanha, realizado em 1818, reuniu quatro potências aliadas (Reino Unido, Áustria, Prússia e Rússia) para decidir a questão da retirada do exército de ocupação da França napoleônica.

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Mestre em Artes Visuais com Abordagens Teóricas, Históricas e Culturais pela UNESP. Pós-graduação em História da Arte pela FAAP-SP. Formada em Artes Plásticas. Experiência profissional: Projetista em Design de Interiores. Experiência acadêmica: nas disciplinas de Projetos, Desenho, História do Mobiliário e História da Arte nos cursos de Arquitetura e Design de Interiores. Professor das disciplinas de Estética e História da Arte Mundial e Brasileira no Curso de Artes da Unimes, Universidade Metropolitana de Santos, SP

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